domingo, 3 de novembro de 2013

[Opinião] - "Os Adivinhos" de Libba Bray


"Isaiah era tudo o que restava desses dias felizes em que a familia estava toda junta e bastava entrar em casa para ouvir alguem a rir ou a perguntar, «Quem está a bater à minha porta?» e Memphis agarrava-se com força ao irmão. Se alguma coisa acontecesse a Isaiah não sabia se conseguiria sobreviver. 
Mas tudo aquilo já pertencia ao passado e ele não ia ficar agarrado ao que já não voltava. A noite anterior com Theta dera-lhe uma nova esperança. Ela estava algures naquela cidade e Memphis tencionava procurá-la até voltar a encontrá-la."





"Os Adivinhos" foi o primeiro livro da autora Libba Bray com o qual tive contacto. Admito que não conhecia a autora e que este foi uma boa surpresa.
A capa chamou-me imediatamente a atenção e a sinopse cativou-me, apesar de não ser o género que mais leio - mas ainda bem que assim foi.

Este livro transporta-nos para uma sociedade dos anos 20, o que me agradou imenso. Ao longo do mesmo as descrições da época, em especial dos vestidos e da política naquele momento, vão-nos dando um contexto que talvez nos seja menos conhecido. Achei que estas descrições iam melhorando ao longo da narrativa, o que foi um factor preponderante para me manter agarrada até à última página.

Para além disso leva-nos ainda para um mundo onde o sobrenatural está na ordem do dia. Admito que sou uma piegas e que estas coisas me metem um medo de morte, e sendo um livro que se lê bastante bem foi um pouco o meu "nemesis" e admito que me pôs a olhar por cima do ombro algumas vezes (em especial quando o lia à noite) - porque a verdade é esta "não acredito em bruxas mas que as há, há!".

Conhecemos assim Evie, uma personagem com um sentido de humor por vezes irónico e com quem dei umas valentes gargalhadas ao longo da leitura. Não vou esquecer frases tipicas desta personagem como "Isto é o suco da barbatana" e  "po-si-ti-va-men-te". Vamos ainda conhecendo todo um lote de personagens que têm, de uma maneira ou de outra, importância para o desenvolver da trama. Muitos deles têm os seus dons, com os quais ainda não sabem viver, e ainda não sabem o porquê de os terem... nem o quão importantes poderão vir a ser.

Neste livro o apocalipse aproxima-se, as oferendas estão a ser cumpridas e os crimes sucedem-se. O mistério adensa-se sobre o papel dos adivinhos e sobre a tempestade que aí vem, da qual apenas algumas personagens parecem estar a par... e no culminar de tudo... o mistério mantém-se.

Uma leitura empolgante, assustadora e cativante, com um misto de mistério, suspense e claro fantasia, que não nos deixa largar até à última página e, então aí, o mistério adensa-se e ficamos a querer o próximo livro para saber mais sobre estes personagens e sobre a "tempestade" que se aproxima.
Aconselho a sua leitura. Um livro diferente do qual gostei bastante.

1 comentário:

  1. Só por este excerto merece uma atenção melhorada o livro. . . "Para além disso leva-nos ainda para um mundo onde o sobrenatural está na ordem do dia. Admito que sou uma piegas e que estas coisas me metem um medo de morte, e sendo um livro que se lê bastante bem foi um pouco o meu "nemesis" e admito que me pôs a olhar por cima do ombro algumas vezes (em especial quando o lia à noite) - porque a verdade é esta "não acredito em bruxas mas que as há, há!".

    Porque se mete medo. . . aqui a JE quer :D

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