"Os leitores que ficaram rendidos a Cinder vão, de certeza, adorar Scarlet. O mundo distópico com toques de contos de fadas de Marissa Meyer é uma leitura que faz imaginar cenários de encantar, personagens diferentes do habitual e cenários que tanto fazem suspirar como sentir tensão e perigo. Scarlet é uma história muito bem conseguida e que faz ansiar pela chegada rápida do terceiro volume desta série." in Bela Lugosi is Dead
Mas parece que
estava enganada, afinal a história da cyborg indesejada por todos não ficou por
ali e continua em “Scarlet”. Escusado será dizer que quando este 2º volume da
saga foi publicado quis de imediato lê-lo - afinal, queria saber o que
aconteceria a Cinder e ao seu grande amor por Kai.
Ao contrário do primeiro livro, este não se
centra apenas na personagem e na história de Cinder, focando também a vida de
Scarlet e a sua relação com Wolf. Tal como em “Cinder”, este livro tem
igualmente muitas parecenças com um conto infantil. Se no primeiro a história
nos fazia lembrar de algum modo o conto de Cinderela, neste tudo nos trás à
memória o clássico do Capuchinho Vermelho.
Adorei a forma como a autora interligou este
conto infantil que povoou o nosso mundo enquanto crianças com uma história
moderna. Gostei de tudo, desde a camisola com capuz, de cor vermelha, que
Scarlet veste, passando pela alcunha de wolf (lobo), por quem Scarlet acaba por
se apaixonar, até à sua busca do paradeiro da avó. Para além disso, gostei
muito da relação entre Scarlet e Wolf, em que não sabemos de devemos confiar ou
não, mas que lá no fundo queremos que seja boa pessoa para poder ficar com a
sua amada.
Mas a autora não esqueceu Cinder, pelo que neste livro, a personagem que foi condenada por ser lunar consegue fugir e evitar que a Rainha Lunar, Levana lhe ponha as mãos em cima. Juntamente com o seu novo companheiro de aventuras, Cinder consegue despistar os guardas reais e impedir, juntamente com Scarlet, que os guerreiros de Levana destruam o mundo. Infelizmente os seus esforços não são suficientes para impedir que Kai tome uma terrível decisão.
Como devem ter percebido, gostei mil vezes mais deste livro do que do primeiro, pelo que perdoei a autora pelo desgosto que me causou no seu romance de estreia, afinal, eu é que devia ter pesquisado e visto que “Cinder” era o primeiro livro de uma saga e não um romance isolado. Agora, espero ansiosamente pelo próximo livro.
Inês Rodrigues
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