quarta-feira, 4 de setembro de 2013

[Opiniões Tertulianas] - Trilogia Trylle de Amanda Hocking






"Começando pela capa extraordinária, passando por uma estória envolvente e personagens encantadoras, "Trocada" é o início de mais uma saga de sucesso no mundo do romance juvenil paranormal. Primando pela sua leitura rápida e suave, este livro conquistará os corações mais românticos e que acreditam que o amor verdadeiro ganha sempre" in Leitura Não Ocupa Espaço






"Trocada”



Como já devem saber, pelas minhas opiniões anteriores, eu gosto muito de livros cujo tema esteja de algum modo relacionado com o fantástico, ou seja, cuja história seja passada num mundo diferente do nosso e cujas personagens tenham características diferentes das dos seres humanos, sem no entanto, deixarem de ter sentimentos e atitudes características da nossa espécie. Ora, quando li a sinopse deste livro, “Trocada”, percebi logo que este livro se enquadrava, provavelmente no meu género literário, pelo que decidi lê-lo.


Ao contrário da maioria dos livros que encontramos sobre a temática do fantástico, este livro não é sobre vampiros nem lobisomens, mas sim sobre um reino de trolls, não aqueles verdes e feios a que normalmente associamos esta palavra, mas sim indivíduos de aspecto humano, atraentes e que possuem poderes como a premonição ou a telecinese. A personagem principal desta história é Wendy, uma adolescente comum que descobre que afinal é uma Trylle, mais precisamente a filha da Rainha do Reino Trylle, ou seja, a princesa.

 Eu até gostei bastante das personagens, que iam desde humanos, a Trylle, incluindo manskling, mas achei que faltava qualquer coisa, não consigo explicitar o quê, mas ao ler o livro senti que havia um espaço em branco. 


Claro que, como já é usual, o que mais gostei de toda a leitura foi a relação amrosa entre Wendy e Finn, e que fez com que eu quisesse de facto ler o segundo livro desta saga: “Dividida”.

Enfim, não tendo sido, nem de longe das minhas leituras preferidas, foi o suficiente para querer ler os outros volumes desta saga.


"Como podem ver, "Dividida" traz novas personagens à trama, desenvolvendo o enredo, e tornado-se mais apelativo ao leitor.
Amanda Hocking está de parabéns, pois desenvolveu o fio condutor da acção de forma vivaz e frenética, não me deixando pousar o livro por nada deste mundo!
Venha mais!" in Leitura Não Ocupa Espaço







“Dividida”



 Depois de ter lido o primeiro livro desta trilogia, não posso dizer que estivesse com uma grande expectativa em relação a esta continuação, mas também não o comecei a ler com um sentimento derrotista em relação ao mesmo. 


 Neste volume, Wendy é raptada pelo reino rival dos Tylle, os Vittra, ao tentar fugir do seu reino para voltar para o lugar a que sempre chamou casa. Ao ver-se nas mãos de uma tribo tão perigosa e violenta como os Vittra, Wendy vê-se obrigada a interessar-se pelos seus poderes e a tomar consciência de que o seu lugar é ali, como princesa e futura rainha do povo Trylle. Durante a sua “estadia” no palácio do seu inimigo, Wendy descobre revelações surpreendentes sobre a sua família e conhece Loki, por quem sente uma irresistível atração.


 Apesar de ter lido este livro com facilidade, não posso deixar de dizer que, na minha opinião, ainda foi pior do que o primeiro. Primeiro, achei que a maior parte deste segundo volume é pura e simplesmente aquilo a que chamamos “palha”, pois apesar de vermos os poderes de Wendy um pouco mais desenvolvidos do que no livro anterior, não há muito aprofundamento da história, girando tudo à volta dos Vittra e da provável guerra que se irá travar entre os dois reinos. Em segundo lugar, não gostei, nem um bocadinho, da aproximação romântica entre Wendy e o Vittra, pois o primeiro livro levou-me a ansiar por um relacionamento mais sério e mais profundo entre a personagem principal e Finn, pelo que esperava que essa relação progredisse, o que não aconteceu.


 Assim sendo, terminei esta leitura com uma certa dose de desapontamento, no entanto, visto que já só faltava um livro para terminar esta trilogia, decidi dar uma hipótese à autora e à história, lendo o terceiro e último livro da saga Trylle.



"É um dos melhores livros dentro do género, uma leitura apaixonante! Tão apaixonante que o li numa tarde e inicio de noite, meia duzia de horas foi o que precisei para continuar a render-me a personagens tão corajosas, complexas, viciantes. Ficou a alegria de saber o final e o sabor amargo de ter acabado. Amanda Hocking tem outros livros que espero vir a ver editados em Portugal pois é uma autora que vale realmente a pena." in Crónicas de uma Leitora 









“Rainha”



 Como se percebeu, esta trilogia não estava a ser uma das minhas preferidas, mas estava esperançosa de que, pelo menos, a história entre Wendy e Finn acabasse como eu esperava, por isso, saltei de cabeça para esta leitura.


 Neste livro, a autora dá continuação à guerra entre os dois reinos, e com a sua mãe gravemente doente, Wendy é forçada a tomar decisões que podem destruir ou revitalizar o seu reino e o seu povo Trylle. Enquanto rainha, Wendy terá de decidir o que é mais importante para si, a sua felicidade ou a felicidade e a sobrevivência do seu povo. Enquanto esta situação se desenrola, Wendy vê-se, cada vez mais próxima de Loki, estabelecendo uma importante e forte relação com este, enquanto que o seu primeiro amor, Finn, se afasta cada vez mais.


 Eu já devia ter desconfiado que o livro não ia acabar da forma que eu queria, mas ainda tinha alguma esperança, pois normalmente é o que acontece, as duas personagens principais, que se sentem atraídas uma pela outra do inicio da história, acabam por ficar juntos. Está bem que até pode ser um cliché, o “viveram felizes para sempre”, mas não posso negar que é o que me daria mais gozo, depois de ter lido três livros que não me encheram as medidas.


Posso assim dizer que não fiz as pazes com a autora ao ler este último livro, pelo contrário, fiquei “extremamente chateada” com ela.



Geral



  
Concluindo, esta não foi realmente uma das minhas sagas preferidas, pelo que ficou muito à quem das minhas expectativas. Apesar de ser de leitura fácil e de não ser entediante nem impossível de ler, achei que faltava qualquer coisa e à medida que fui lendo os livros, senti um vazio que não desapareceu quando terminar de ler o último livro da trilogia.

 Não posso dizer que foram dos piores livros que eu já li, pois não foi assim tão mau, nem posso recomendar verdadeiramente estes três livros, pois afinal, cada leitor tem as suas preferências e o que para mim é um bom livro para outros pode ser um péssimo livro e vice-versa.

Inês Rodrigues

Sem comentários:

Enviar um comentário