quarta-feira, 11 de setembro de 2013

[Opiniões Tertulianas] - Trilogia "O Senhor dos Anéis" de J.R.R.Tolkien





Qualquer livro que inicie com um mapa, já fez metade do seu trabalho a cativar-me. Sei sempre que a realidade muda e que um novo mundo está ali, nas páginas que seguem. Esta trilogia é isso mesmo, uma realidade especial, onde apenas um mapa não chega sem que a nossa imaginação não faça o resto.

Este é sem dúvida um livro a constar em qualquer top de “livros a ler antes de morrer”. É uma obra especial, completíssima, que passa muito para lá da fantasia e da mera ficção.
Com uma leitura cuidada, o sentimento de ficção parece até desaparecer, dando asas a um texto coerente e fácil de ler, entusiasmante, onde tudo o que lemos poderia, por certo, ser real num passado longínquo.

Tolkien cria, de raiz, todo um setting de cenários e vida. Uma era – a terceira da Terra Média – baseada na mitologia germânica e nórdica, onde Humanos coabitam com Elfos, Feiticeiros, Orcs, Anões, Hobbits, entre outros.
O Senhor dos Anéis surge no seguimento de O Hobbit, e está publicado em trilogia, mesmo que tenha sido pensado apenas para um volume.

Cada espécie da Terra Média possuía os seus reis, os seus reinos, as suas formas e costumes, numa harmonia introdutória à problemática vivida nesta trilogia. Devido à ganância, Sauron apodera-se dos anéis dos reis da Terra Média e que identificam quem governa determinado reino, fundindo-os num só. Com a guerra e as desventuras de diversos personagens, o anel termina no Shire, terra de hobbits, e cabe a Frodo e aos seus novos amigos não permitir que o anel regresse ao dedo do seu dono, partindo numa viagem para o destruir.

A história gira em torno das aventuras de um grupo de corajosos guerreiros, das diferentes formas de vida da Terra Média, que entram numa demanda contra o mal.
Interessante é perceber que, se por um lado o anel não pode voltar ao dedo do seu dono, Sauron, por outro, o covil do personagem é o único local onde o anel pode ser destruído.
Durante a viagem, Frodo e os seus companheiros de missão, cada um numa direcção diferente – o que nos remete para uma história em várias frentes – terá de enfrentar o seu desejo de possuir para si o anel.

Uma história fantástica, fácil de ler, que demonstra como a imaginação humana é rica em formas e conteúdos, podendo transportar as problemáticas da nossa era, para outra qualquer.

Tiago A. G. Fonseca
 


Sem comentários:

Enviar um comentário