sábado, 20 de outubro de 2012

[Personalidades] - Manuel António Pina



E porque ontem foi um dia de grande perda para Portugal, especialmente para a Poesia e Literatura Portuguesas... Combinámos homenagear o poeta Manuel António Pina. Ora vejam.
 
Biografia
Manuel António Pina nasceu no Sabugal no dia 18 de Novembro de 1943 e morreu no Porto no dia 19 de Outubro de 2012, ou seja, ontem. Foi um jornalista e escritor português, galardoado em 2011 com o Prémio Camões.

Licenciou-se em Direito em Coimbra e foi jornalista do Jornal de Notícias durante três décadas, tendo sido depois cronista do Jornal de Notícias e da revista Notícias Magazine.

A sua obra incide principalmente na poesia e na literatura infanto-juvenil, embora tenha escrito também diversas peças de teatro e de obras de ficção e crónica. Algumas dessas obras foram adaptadas ao cinema e TV e editadas em disco.

A sua obra está traduzida em França (francês e corso), Estados Unidos, Espanha (espanhol, galego e catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.

Faleceu no Hospital de Santo António no Porto, aos 68 anos. 

Legado: 
Na literatura infantil reúne algumas das seguintes obras: O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), Os Dois Ladrões (1983), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1983), Histórias com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), O Inventão (Prémio Gulbenkian: Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (2000), entre outras.

Publicou também os volumes de poesia Ainda Não é o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde, Aquele que Quer Morrer (1978, Prémio Casa da Imprensa), A Lâmpada do Quarto? A Criança? (1981), Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde Pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido com Isto da Mesma Substância (Poesia reunida, 1974/1992) (1992), Farewell happy fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), O Anacronista (1994, Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas), Aniki-Bobó (1997).

Informação retirada deste site

Um dos poemas que mais gostamos: 
A um Homem do Passado

“Estes são os tempos futuros que temia
o teu coração que mirrou sob pedras,
que podes recear agora tão fundo,
onde não chegam as aflições nem as palavras duras?

Desceste em andamento; afinal era
tudo tão inevitável como o resto.
Viraste-te para o outro lado e sumiram-se
da tua vista os bons e os maus momentos.

Tu ainda tinhas essa porta à mão.
(Aposto que a passaste com uma vénia desdenhosa.)
Agora já não é possível morrer ou,
pelo menos, já não chega fechar os olhos.”

Manuel António Pina, in "Nenhum Sítio"

Sem comentários:

Enviar um comentário