segunda-feira, 1 de outubro de 2012

[Opinião] - "Á Procura de Alaska" de John Green



"A maioria dos cristãos e muçulmanos acredita num céu e num Inferno, embora exista um grande desentendimento por parte de ambas as religiões em relação ao que é que se ganha ao certo numa das vidas no além ou na outra.os budistas são mais complicados - devido à doutina de anatta, de buda, que basicamente diz que as pessoas não têm almas eternas. Ao invés, têm um feixe de energia, e esse feixe de energia é transitório, migrando de um corpo para o outro, reincarnando de modo indeterminavel até acabar por chegar à iluminação"




Bem, começo desde já por dizer, a quem ainda não leu nenhum livro deste autor, para ler este antes de ler o "A culpa é das Estrelas". Por uma simples razão: O "A Culpa é das estrelas" é tão bom que ler este depois vai fazer com que este seja reduzido á categoria de "razoável". Pelo menos, foi o que aconteceu comigo.

Quem me segue, e leu a opinião sobre o mais recente livro de John Green, sabe que eu adorei o livro, que considero um dos melhores livros de 2012 e um livro para a vida, que todos deviam ler. E depois fui pegar neste... expectativas demasiado elevadas que acabaram por sair defraudadas. Atenção, não estou a dizer que o livro é mau, porque não o é de todo... apenas achei menos bom, por comparação com o outro claro.

Neste livro conhecemos Alaska, Miles e Chip, os 3 personagens principais, que desenvolvem entre eles uma amizade caricata e peculiar. Todos são diferentes, todos têm as suas manias e os seus defeitos, mas aprendem a lidar uns com os outros, e a ter em conta a amizade que os une.

O livro divide-se no antes e no depois de um acontecimento que envolve, especialmente, um dos três amigos. É no depois que se dá uma grande evolução nas personagens. O remorso irá fazer com que acabem por olhar para eles, para o seu modo de ser, de agir e de pensar de uma maneira mais adulta, mais madura. É nos momentos mais dificeis que se cresce, e é exactamente isso que acontece neste livro. Em busca da verdade, de modo a poderem absorver-se a si proprios, acabam por perceber o sentido que a vida pode ter, e o quão inesperada e efémera esta é.

A escrita do autor é simples, mas reflexiva, o que nos faz pensar a cada passo, a cada acção, a cada pensamento e sentimento daquele personagem, em relação ao que o rodeia. 

Gostei, mas fui realmente influenciada pela leitura do livro mais recente de Green, mas já não posso mudar a ordem pela qual os li.
Aconselho a que leiam com calma, tempo e disponibilidade para a reflexão: tenham tempo para pensar naquilo que lêem, é o que achei mais relevante neste livro.

1 comentário:

  1. É um livro, sem dúvida, muito bom. Pelo menos eu gostei. Li antes do A Culpa é das Estrelas e por isso consegui tirar mais proveito da leitura do que se calhar quem leu na ordem inversa.
    Adoro este escritor :)

    Beijinhos e boas leituras!

    ResponderEliminar