quinta-feira, 14 de junho de 2012

[Opinião] - "A Rainha Predileta" de Carolly Erickson


" Naqueles dias tristes, fiquei mais próxima de Will do que alguma vez estuvera e muitas vezes fui ter com ele para obter força e conforto. Ele abraçava-me eu encostava a minha cabeça ao seu peito e fechava os olhos, pensando na gratidão que sentia pelo seu amo. Velávamos John (...)."






" São anjos na terra. Que olham por nós enquanto o negro anjo da morte passa por cima".










Para quem não sabe, eu adoro livros de ficção, com componente histórica...em especial o romance histórico claro.  Sabendo deste meu gosto, a minha mãe ofereceu-me este livro no dia da criança:)

Este passa-se na corte de Henrique VIII, enquanto este, ainda casado com Catarina de Aragão, se envolve com Ana Bolena.  Tudo em busca de um herdeiro para o trono de Inglaterra. No entanto, é-nos tudo contado por Jane Seymor, uma das damas de companhia de Catarina de Aragão, a quem o rei pedirá que se se torne, após Ana Bolena, sua rainha.

Esta é uma temática e uma corte que já me é familiar, em especial a altura retratada neste livro, pois já li "Duas irmãs e um rei" de Phillipa Gregory, que aborda a mesma época, no entanto com foco nas irmãs Bolena. Torna-se assim dificil não comparar ambos os livros, em alguns aspectos.

A escrita da autora é bastante acessível, tornando o livro de fácil leitura.
Ao focar-se na perspectiva e vida de Jane Seymor, deixa-nos conhecer algumas personagens que eram, até então, desconhecidas por mim. assim como o grande acontecimento deste livro: o pedido do rei para Jane ser rainha de Inglaterra.

Este livro deixa-nos perceber muito bem o estilo de vida da época, as diferenças entre a vida na corte e fora dela. Os amores e desamores do rei, as suas fúrias, os seus devaneios.

Agrada-me o facto de ser contado na primeira pessoa, Jane Seymor como já referi, no entanto, a alusão ao facto de que ela, personagem, tinha realmente escrito aquilo na altura, apenas no final do livro fez sentido para mim.

O que me agradou menos, e é aqui que entra a comparação com o livro acima citado, foi o facto de achar que esta narrativa teve algumas lacunas...por inevitavelmente eu fazer o paralelo na minha cabeça entre as duas histórias.

Não posso dizer que não gostei, porque estaria a mentir. É um bom livro. No entanto, para quem já leu Phillipa Gregory, (e gostou tanto como eu) é difícil igualar, pelo que este (A Rainha Predileta) fica talvez, um pouco, na sua sombra.

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