quinta-feira, 17 de maio de 2012

[À Lareira Com] - Tiago Rebelo

Bom, com a nova parceria, crescem as nossas entrevistas (bom sinal), pelo que vou continuar a publicá-las duas vezes por semana.

À Lareira Com...Tiago Rebelo.

Fale-nos um pouco sobre si

Escritor, jornalista. Passo muitas horas a trabalhar, sempre a escrever. Nascido em Lisboa, vivi em Luanda durante a minha infância. Tenho quatro filhos.

Tem vários livros publicados. Como surgiu a ideia/interesse em escrever o primeiro?

Bem, comecei a interessar-me pela ideia de ser escritor, de escrever romances, a partir dos 18 anos. Mas só me tornei de facto escritor muitos anos mais tarde.

Onde vai buscar inspiração para a sua escrita?

A inspiração do escritor está sempre em tudo o que o rodeia, o que vive e vê e lhe interessa. Porventura, o escritor está mais atento.

Dos vários livros que escreveu, algum tem um significado especial para si? Porquê?

Todos têm, todos são meus "filhos." Todos tiveram a sua importância na sua época.

Tem algum projecto para breve? Se sim, pode revelar-nos alguma coisa sobre ele?

Tenho, claro, estou a escrever um romance novo, histórico, à semelhança de outros como "O Tempo dos Amores Perfeitos". 

Tenta transmitir aos seus filhos a importância da leitura e o amor pela escrita?

Sim, mas mais do que falar, conta o exemplo, o ambiente, os livros que os rodeiam.

Como a profissão de jornalista influenciou as suas obras?

Penso que, inevitavelmente, as profissões acabam sempre por influenciar os escritores. Mais uma vez, a inspiração do escritor tem muito a ver com o que rodeia. Escrevemos sobre o que conhecemos. E esta profissão ajuda-nos a estar bem informados, a descobrir sempre coisas novas, assuntos diferentes, outros mundos.

Também escreve para a revista do CM, ao Domingo, e trabalha na TVI como editor executivo. Como concilia todas estas actividades na sua vida?

Trabalho desde manhã na TVI, depois venho para casa e escrevo. Arranjamos sempre tempo para as coisas que nos interessam, para fazer o que gostamos.

É um dos  autores portugueses mais lidos. O que isso o faz sentir?

É muito bom, porque é para isso que escrevo, para ter leitores, quantos mais melhor. Sem leitores não faria sentido publicar livros. Mas, para dizer a verdade, não penso muito nisso.

Qual a parte que considera mais difícil em ser escritor em Portugal?

Temos um mercado muito pequeno, o que não favorece nada a vida dos escritores. Pequeno e frágil, porque, agora, a crise reflecte-se muito na venda de livros. Os escritores não são ricos, e em Portugal ainda menos, e o tempo que podem dedicar aos livros também depende do rendimento que tiram do seu trabalho. 

Já houve alguma situação caricata que tenha passado com algum fã  seu?

Em geral, as pessoas são muito simpáticas. A vantagem é que só aquelas a quem a minha escrita tocou de alguma forma é que se dão ao trabalho de me escrever, de dizer o que sentiram. Quem não gosta não perde tempo comigo.

O que é mais gratificante enquanto escritor?

Escrever, sempre, que é um vício do escritor. E, claro, ver que os leitores gostam do seu trabalho.

O que a escrita significa na sua vida?

Bem, faz parte da minha vida, toma-me uma parte importante do dia, de todos os dias. A vida e a escrita confundem-se.

Há alguma mensagem que gostasse de deixar aos nossos leitores?

Apenas um convite para que leiam os meus livros, esperando que gostem. E obrigado a todos os que me elegerem para uma leitura.

Obrigada Tiago Rebelo

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