quarta-feira, 9 de maio de 2012

[Escolhas Tertulianas] - " A Cor do Céu" de Julianne MacLean

Bem, como entretanto pus um bocadinho mais em dia as nossas conversas à Lareira, trago-vos as opiniões das nossas Tertulianas novamente à quarta-feira.




"Este livro é tão lindo que até me apetece pegar nele e voltar a lê-lo já de seguida.
Por vezes é assim não é? histórias que nos tocam, personagens pelas quais nos apaixonamos, livros que mexem com os nossos sentimentos de tal forma que se torna dificil dizer adeus, fechando-o após a última página..."  (As Leituras da Fernanda)





Li este livro em dois dias com alguns intervalos, sem me aperceber que estava totalmente envolvida na sua leitura, pois lê-se num ápice.

Fiquei renitente quando li a sinopse. Achei que ia ser uma história "estranha", e principalmente dolorosa para quem é mãe, e não me enganei quanto ao facto de quem é mãe sofre ao ler este livro. Depois fiquei com a sensação que tinha estado a ler uma narrativa verdadeira, dada a forma como que está escrita, pelos detalhes e cheio dos pormenores, pensei se não seria autobiográfico. Mas não é, mas bem que podia ser.

Temos Sophie, a personagem principal, que tenta ser escritora, ela é colonista, com uma vida perfeita, uma casa, marido e filha, nada fazia prever que a sua vida ia mudar completamente de um momento para o outro, irá passar por uma série de dificuldades penosas, que a levam a repensar naquilo que quer para si. São muitas as emoções que vamos sentindo ao longo do livro, é impossível ficarmos indiferentes ao seu sofrimento e dor.

Depois da sua enorme perda, Sophie tenta encontrar respostas sobre a sua infância e sobre os seus pais. Procurando razões para continuar a viver.

"Por vezes a vida pode ser de uma crueldade incrível. Agora sei disso... Mas a vida é assim, não é? 
Tanto quanto sabemos, cada dia pode ser o último que vivemos. O mais importante é o apreço e a gratidão que devemos sentir por cada dia precioso que temos uns com os outros".

É após um acidente, experiência de quase-morte, em que descobre segredos surpreendentes do passado, que a fazem voltar a viver e a amar. Sophie descobre o verdadeiro passado dos seus pais e só assim se reencontra com ela própria.

Tem as partes intemporais que tanto gosto num livro, cheio de voltas e reviravoltas. Fiquei ansiosa de ler o final e saber como tudo terminava para esta personagem.

Muitas vezes depois de muito sofrimento é preciso um incentivo para se ter razões para se continuar a viver, outras só depois de muito se sofrer se consegue alcançar a verdadeira felicidade.

Foi um prazer ler este livro, vai ficar na minha memória sem dúvida.

Recomendo é muito bonito! Diferente!

"Mas às vezes acho que talvez seja isto o Céu...Que ele existe nestes momentos de prazer - quando uma pessoa se sente completamente preenchida....rodeada pela água e pelo firmamento, a respirar a maresia. É como se todos os meus sentidos ganhassem vida. E não é isso o Céu? A realização plena?... "
Odete Silva

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