Mais uma vez
vos apresento a minha opinião sobre um livro de Julia Quinn, desta vez com o título “A bela e
o vilão”.
Neste volume da Série Bridgerton, a autora foca a sua atenção em Francesca, o sexto
rebento da família Bridgerton, explorando, como é seu hábito, a vida amorosa da
protagonista. Esta tem uma personalidade mais calma e reservada,
distinguindo-se claramente dos seus irmãos e irmãs e, sendo dessa forma a que
menos se destaca no seio da sua tão particular família. Talvez por essa razão a
acção deste livro, tal como a do anterior, se passe a alguma distância da
família Bridgerton, ainda que esta esteja sempre presente, aliás, não poderia
ser de outra forma.
A história
desta jovem Condessa inicia-se com o falecimento do seu marido, Conde de
Kilmartin, acontecimento que a deixa devastada e com um profundo sentimento de
perda. Também o primo do falecido, Michael Stirling, demonstra sentir um grande
vazio após o desaparecimento do seu chegado primo, no entanto, não pode deixar
de notar que este terrível acontecimento o aproximou de Francesca, a viúva do
seu marido, por quem nutre sentimentos que nunca ousou admitir. Com esta
aproximação, Francesca vai-se ver frente a frente com um grande dilema: será
que é correto apaixonarmo-nos pelo primo do nosso falecido marido? E será que é
possível consumar esses sentimentos sem denegrir a sua honra? Tal como
Francesca, também Michael se defronta com os mesmos demónios, tornando os
tempos decorridos após a morte do Conde Kilmartin num jogo do gato e do rato
entre os dois, ainda que sem o admitirem, amantes.
Tal como
todos os livros que já li desta autora, este está impregnado de paixão e
sensualidade, bem como de humor, no entanto, de alguma forma a história desta
jovem Bridgerton não me deliciou tanto como os anteriores volumes da saga.
Gostei das personagens principais, bem como da relação estabelecida entre os
dois protagonistas, mas ao virar a última página, o sentimento de satisfação
não foi tão grande como tem sido com as leituras desta autora.
Não estou no
entanto arrependida de o ter lido, e continua a desejar ler o próximo volume,
pois continuo a gostar da forma de escrita leve e agradável da autora, assim
como da faceta humorística com que a mesma impregna as suas obras. Posso ainda
apontar como aspectos positivos a intensidade da relação entre Francesca e Michael, que vai aumentando com o desenrolar da história e deixa o leitor
expectante, à espera que os fortes sentimentos que unem as duas personagens
venham finalmente à tona.
Apesar de tudo recomendo a sua leitura, afinal
de contas, nem todos somos iguais e talvez vocês consigam apreciar esta nova
aventura da família Bridgerton mais do que eu.
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