quinta-feira, 5 de junho de 2014

[Opinião Tertuliana] - "Sob o céu que não existe" de Veronica Rossi


"Com o continuar da história e o envolvimento com os personagens, acabei por sentir aquela ansiedade miudinha de saber como é que a história iria terminar. Tem personagens interessantes e cenários que espero virem a ser mais explorados nas próximas obras. Em termos de ficção científica achei pobrezinho. (...)

No fim fiquei com a sensação que é um livro com grande potencial, mas que soube a pouco e que poderia ser bastante mais trabalhado e melhorado. Vou ficar à espera do segundo volume com algum entusiasmo e na expectativa de perceber melhor a interação e o papel da Aether em algumas personagens, bem como o destino dos nossos protagonistas."





Ora aqui está uma leitura que me desiludiu bastante. Quando ouvi falar sobre este livro, ouvi maravilhas do mesmo, que era um livro espetacular e que os amantes de distopias deviam ler. Ora eu sou uma amante de distopias, adoro ler estórias sobre mundos paralelos passados, normalmente, num futuro mais ou menos distante, e que, de alguma forma, estão tão distantes do nosso imaginário. Decidi por isso ler o livro, mesmo que o título e a sinopse não me chamassem muito a atenção.

 A pior parte, para mim, de todo o livro, foi o princípio, pois começa de uma forma algo abrupta, sendo o leitor transportado para um mundo distópico sem preparação nenhuma. Ao longo do livro vamo-nos habituando à forma de escrita peculiar da autora, mas enquanto não, sentimo-nos de algum modo perdidos naquele universo de casulos, reinos, externos e tantos outros conceitos confusos. Apesar de aos poucos ter indo entendendo o significado de cada uma destas “coisas”, nunca percebi o que era realmente a Aether, pelo meu entender é uma tempestade, mas mais do que isso não percebi. Talvez seja eu que seja burra, e se for que me desculpem, mas a verdade é que esta foi uma das minhas leituras mais difíceis dos últimos tempos.

 Enquanto a estória se desenrola e vamos descobrindo as diversas personagens, apesar de nunca ficarmos a conhecê-las realmente, vamos assistindo ao desenrolar da ação, em que as duas personagens principais, Aria e Perry tentam descobrir o paradeiro do sobrinho de Perry. Paralelamente, e como não podia deixar de ser, vai nascendo um clima de romance entre as duas personagens. Apesar de eu adorar as histórias de amor que os autores normalmente incluem neste tipo de livros, acho que a mesma podia ter sido mais desenvolvida, o que me deixou algo desapontada.


 No fim desta leitura senti-me algo vazia, como se faltasse algo, e o pior é que eu não consegui perceber o que era esse algo. Assim, pus o livro de lado e dediquei-me à leitura seguinte, deixando para mais tarde esta opinião. Posso até dizer que andei a evitar esta opinião, isto porque não sabia como descrever o desapontamento e o vazio que senti ao ler este livro. Que não seja, no entanto, por esta minha sincera opinião que deixem de ler este livro que for essa a vossa vontade, afinal, houve imensa gente que o adorou e eu não sou nenhuma perita em literatura, apenas dou a conhecer a minha opinião pessoal sobre cada livro que leio.

Inês Rodrigues

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