quinta-feira, 19 de setembro de 2013

[Opinião] - "Rosas" de Leila Meacham



"- Quem me dera poder, Mary. - Afastou as mãos dela e compôs o nó da gravata. - Isto voltará a acontecer e tu sabes disso. Esperas ter um fundo de reserva para te ajudar nas dificuldades, tal como acontecia antes de comprares Fair Acres. Mas durante quanto tempo acreditas que esse dinheiro ficará no banco quando a tentação de adquirir novos produtos, novas máquinas, novos sistemas de irrigação e mais terra se apresentar? Se bem a conheço, Mary Toliver Warwick será a primeira a comprar, e estará metida em apuros, tal como agora, se algo correr mal.".







Tanto ouvi falar deste livro que tive que o trazer comigo quando estive na Feira do Livro. As criticas eram tão boas que, tal como os restantes livros lidos em Agosto, decidi deixá-lo para poder apreciar a leitura quando não tivesse mais nada a ocupar-me a mente.
Posso dizer que as expectativas eram bastante elevadas, e no final não foi tão fascinante como estava à espera.

Este livro leva-nos através de 3 gerações, e conta-nos a história de 3 famílias, descendentes de importantes nomes da Guerra das Rosas,que dedicaram a vida às suas terras, aos seus valores e ao que mais honram.
É assim que conhecemos Mary Toliver quando, ainda jovem, se vê como proprietária das terras da familia, e que  vive então diversos sacrifícios devido à escolha que Silas Toliver, seu avô, fez.

Mary sempre amou a plantação de algodão, e é devido a esse amor pela terra que faz escolhas ao longo de toda a sua vida que, um dia quando está perto da sua morte, influenciam grandemente a sua última vontade.
Uma mulher que amou um homem durante toda a sua vida, mas que o facto de nunca terem casado influenciou as suas vidas para sempre, e influenciou a vida dos seus descendentes.

A escrita é bastante fluida, e é um livro fácil de ler e de nos embrenharmos na história. Conseguimos sentir as emoções dos personagens quase como se fossem as nossas, e várias vezes nos questionamos o que teríamos feito naquela determinada situação. Podendo amar ou odiar todas as personagens, a verdade é que todas elas têm os seus defeitos, e as suas qualidades, e é precisamente isso que as aproxima tanto da realidade.

O livro está dividido em quatro partes, sendo estas narradas na primeira pessoa por cada uma das personagens. Deste modo conseguimos ter a perspectiva de cada uma delas sobre algumas das mesmas situações, e compreender como as escolhas de hoje influenciaram o dia de amanhã.

Uma estória de amor, devoção, traição e segredos - uma saga familiar que vai apaixonar grande parte dos leitores.
Uma leitura agradável, que me deu bons momentos. Não sendo um livro feliz é uma leitura que nos faz rever alguns valores, e que nos faz pensar que as escolhas que fazemos poderão, um dia, influenciar as gerações futuras.


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