"Ora, eis que ele passa, sem transição, dos doces para as realidades físicas do casamento, realidades que ele acha sujas, degradantes e às quais só cederá por dever e obediência...
O resultado é muito pobre. Luís deve ter sido desastrado e para a pequena rainha a provação foi, decerto, penosa, admitindo que ele tenha conseguido desflorá-la, o que não é certo, mesmo após duas tentativas."
Já há algum tempo que tenho, na estante, por ler, o livro "Mataram a Rainha", de Juliette Benzoni. No entanto este foi o primeiro livro que li da autora. A capa fascinou-me, o titulo chamou-me a atenção e a sinopse aguçou-me a curiosidade.
Na verdade pensei que ia ler um romance histórico como estamos habituados a ler, com Philippa Gregory por exemplo. Mas não foi isso que aconteceu, apesar de não me ter desiludido.
Este livro divide-se em diversos capítulos e sub-capítulos, onde a autora nos conta, detalhadamente e com um enorme rigor histórico, as noites de núpcias de alguns Deuses (no primeiro capitulo) e de alguns imperadores e Reis de variadíssimas épocas.
Consegue perceber-se que a autora fez uma árdua e profunda pesquisa para escrever este livro. A sua escrita é bastante complexa e rigorosa, dando-nos bastantes detalhes das diferentes tradições de diferentes culturas no que diz respeito aos casamentos e, mais precisamente, às noites de núpcias daqueles que eram considerados os grandes das diferentes nações.
De uma forma pouco romanceada e bastante cientifica/histórica, a autora conta-nos tudo como que se distanciada do enredo, o que cria uma distancia e não e deixou envolver, completamente, naquilo que lia. Senti-me a ler um livro de história.
É, no entanto, um livro muitissimo bem organizado, com os capitulos e sub-capitulos todos bastante bem definidos e sem serem demasiado grandes e extenuantes.
Foi uma leitura que, não sendo arrebatadora, me agradou pelo conhecimento histórico que me transmitiu.
Mais uma boa aposta da Planeta.
Aconselho a quem goste realmente deste tipo de livro.
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