segunda-feira, 24 de setembro de 2012

[Opinião] - "Entrega Total" da Cheryl Holt




"Como e por que razão ele a fascinava tanto? O que possuia capaz de ultrapassar o seu senso comum e levá-la a vaguear pela mansão, esperançada em avistá-lo de relance? Era como se tivesse recuado na idade para uma adolescente apaixonada repleta de devaneios sem contrapartida que, dado o conhecimento que os unia, era absurdo."









Nunca tinha lido nada da Cheryl Holt, e comecei logo pelo terceiro livro da autora, que já li ser o menos bom dos três. A verdade é que se lê bastante bem sem ler os outros, e que eu gostei. Assim sendo penso que tenho que ler os anteriores.

Não me seduziu de imediato, começando apenas a gostar realmente e a apreciar especialmente a leitura a meio do livro. No entanto, daí para a frente valeu a pena, sem duvida, e gostei bastante do desenrolar do enredo e do desenvolvimento que as personagens sofrem.

É-nos contada a história de Sarah Compton que, depois de seu irmão perder todos os bens que possuiam, decide passar uns dias numa festa numa casa de campo. No entanto, nem tudo nessa festa é o que Sarah pensa. Conhece, então, Michael Stevens, um libertino eximio da arte da paixão, que a vai introduzir aos prazeres do sexo.

Enfim, inicialmente não passa mais do que uma orgia festivaleira. E, algo que não compreendo, e não me agrada muito, é o facto de Sarah (como muitas outras personagens femininas neste género de livro) ser tão ingenua ao ponto de não saber o que é um pénis. Sejamos sinceras, mesmo num tempo onde a mulher devia ser púdica, burrinha, sem conhecimentos etc etc, mesmo sem ver um homem, homem feito, nú, as mulheres tinham irmãos. Não saber o que é o orgão sexual masculinho é o cumulo da ingenuidade.
No entanto, tanto a personagem de Sarah, como a de Michael, e toda a história que os envolve evolui num sentido que muito me agradou, vendo-se um crecimento gradual em todas as personagens. Ao longo do enredo somos invadidos por diversas emoções: sentimos a paixão que existe entre ambos, como sentimos a dor, o ciúme, a raiva ou a desconfiança que os personagens vão vivendo, e isto é, para mim, um ponto forte na escrita da autora.

Como último ponto a focar, e que tenho como positivo, é o facto da autora conseguir descrever cenas mais sórdidas e "calientes" de forma erótica, e integrada na história, não sendo apenas descrições sexuais promenorizadas, mas sim mais que isso.

Um livro que aconselho e que foi uma estreia agradável no meu reportório de novas leituras. Tenciono, quando puder, ler os anteriores e, claro, ler os próximos livros a ser publicados.

Sem comentários:

Enviar um comentário