quinta-feira, 13 de setembro de 2012

[Novidades] - Sextante Editora: Setembro 2012






Título: As minhas lembranças observam-meseguido de Primeiros Poemas
Autor: Tomas Tranströmer
Págs.: 104
PVP: € 13,30
 
 
O único livro em prosa do Nobel 2011
 Memórias de Tomas Tranströmer chegam às livrarias no dia 20 de Setembro.
 
 
 
 
 As minhas lembranças observam-me é o livro de memórias do poeta galardoado com o Prémio Nobel da Literatura 2011, Tomas Tranströmer. A edição cuidada da Sextante Editora, que é publicada no dia 20 de setembro, tem um posfácio do crítico e também poeta Pedro Mexia e inclui dez poemas inéditos e várias fotografias do autor e dos seus manuscritos.
Nesta obra, a única em prosa, Tranströmer narra a sua infância e adolescência na Suécia, seus hábitos e educação, e como descobriu a poesia. Trata-se de um livro indispensável para quem quiser conhecer melhor um dos poetas mais importantes do nosso tempo.


Sobre o Livro:
«A minha vida.» Quando penso estas palavras, vejo diante de mim um rasto de luz. Observando melhor, a luz tem a forma de um cometa, com uma cabeça e uma cauda. A extremidade mais luminosa, a cabeça, é a infância e a idade do crescimento. O núcleo, a parte mais densa, é a primeira infância, quando são determinados os traços principais da nossa vida. Tento recordar-me, tento chegar lá. Mas é difícil movimentarmo-nos nessas regiões muito condensadas, e perigoso, tenho a sensação de que chegaria muito próximo da morte. Mais adiante, o cometa dilui-se: é a parte mais comprida, a cauda. Torna-se cada vez menos denso, mas também mais largo. Encontro-me agora num ponto muito avançado da cauda do cometa; tenho sessenta anos no momento em que escrevo estas linhas.


Sobre o autor:
Nascido em Estocolmo em 1931, Tomas Tranströmer estudou Poesia e Psicologia na Universidade de Estocolmo e, a par do seu trabalho como psicólogo com toxicodepentes e jovens delinquentes, construiu uma fulgurante carreira como poeta, várias vezes premiada e com livros publicados em mais de 60 línguas. Em 2011 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura. Hemiplégico e afásico devido a um AVC sofrido anos antes, Tranströmer agradeceu a distinção tocando piano. Vive atualmente na sua cidade natal com a mulher, Monica.
 
 
 
Título: Um dia na vida de Ivan Deníssovitch
Autor:
Aleksandr Soljenítsin
Tradutor: António Pescada
Págs.: 176
PVP: € 15,50

Um dia na vida de Ivan Deníssovitch é o primeiro romance de Aleksandr Soljenítsin a ser publicado pela Sextante Editora e chega às livrarias no dia 20 de setembro. Vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1970, Soljenítsin é um marco da literatura russa do século XX.
Esta obra, escrita enquanto o autor cumpria pena num campo de trabalho forçado por críticas a Estaline, tornou-se um símbolo da literatura russa por ter sido o primeiro romance publicado na União Soviética a relatar a vida num gulag. Soljenítsin narra não só a sua própria experiência – é, alias, uma fotografia sua que está na capa -, como a enriquece com a dos prisioneiros que conheceu e, à exceção do protagonista Ivan Deníssovitch, todas as personagens são reais.

Sobre o livro:
Expressamente citado pela Academia Sueca no momento da atribuição do Prémio Nobel de Literatura a Aleksandr Soljenítsin, em 1970, Um dia na vida de Ivan Deníssovitch foi o primeiro romance publicado na União Soviética relatando a vida nos campos de trabalho dos prisioneiros políticos e a repressão estalinista. Nessa altura, em 1962, embora causando grande polémica interna, a obra foi saudada em todo o mundo como símbolo da nova literatura russa e da abertura krutcheviana. Mas em 1974 Soljenítsin viria, depois de expulso da União dos Escritores, a ser detido e deportado. Um dia na vida de Ivan Deníssovitch relata um dia de um prisioneiro num gulag do Cazaquistão. Narrativa brilhante e densa, herdeira das grandes tradições da literatura russa.
A Sextante inicia com este romance a publicação em Portugal de obras de Aleksandr Soljenítsin pela primeira vez traduzidas diretamente do russo.

Sobre o autor:
Combateu na Segunda Guerra Mundial e esteve preso e internado em campos de trabalho forçado de 1945 a 1953, após críticas privadas a Estaline. Ilibado na sequência da «abertura» criada pelo famoso discurso de Krutchev denunciando os crimes estalinistas, foi professor e iniciou o seu percurso de escritor nos anos 50. Um dia na vida de Ivan Deníssovitch, classificado por Aleksandr Tvardovski, seu editor na revista Novy Mir, em 1962, como um «clássico», teve a sua publicação expressamente autorizada por Krutchev e foi estudado nas escolas. Mas a vida de escritor de Soljenítsin viria a ser atribulada e reprimida na sequência da recusa pela União dos Escritores da publicação de Pavilhão de cancerosos e da atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 1970. Foi expulso da União Soviética em 1974, vivendo na Suíça, em França e nos Estados Unidos até à queda do Muro de Berlim, após o que regressou a Moscovo, em 1994, sendo recebido triunfalmente. As suas obras marcaram indelevelmente a literatura russa do século XX, inserindo-se na grande tradição narrativa de nomes como Tchekov, Tolstoi e Dostoievski.

Sem comentários:

Enviar um comentário