sexta-feira, 31 de agosto de 2012

[Opinião] - "A Culpa é das Estrelas" de John Green






"Oração da serenidade: «Meu Deus, dá-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria para reconhecer a diferença.»."







Hoje é um dia especialmente dedicado a este livro, que será lançado dia 3 de Setembro, pela Asa.  Assim, os blogues convidados leram-no e, hoje, publicam as suas opiniões. Aqui está a minha (eu sei que algumas de vocês estão curiosas:)).

Este livro deixou-me totalmente sem palavras. Li-o em dois dias, completamente absorvida pelas palavras de John Green. Foi a minha estreia neste autor...e que estreia. Quando virei a última página e fechei o livro, invadiu-me um vazio. Aquelas personagens que, durante horas, me acompanharam, tinham desaparecido. Aquele mar de sentimentos que o autor conseguiu despoletar em mim, tinham desaparecido...e deixaram um vazio. Mas um vazio bom.

Nos dias seguintes, e ainda hoje,me é dificil encontrar as palavras certas para descrever este livro.Sempre que penso, ou falo, nele uma nostalgia invade-me, e as lágrimas voltam aos meus olhos.

Esta é a história de Hazel Grace, uma rapariga de 16 anos, com cancro. Sempre se viu como doente terminal, no entanto, um milagre da medicina fez o seu tumor regredir. É então que conhece Augustus Waters, e que então a sua vida muda.

Só o tema em si já é um tema sensivel. E sendo com personagens tão jovens ainda o torna mais tocante.
John green, escreve-nos de forma crua e irreverente, o que nos cativa e nos apaixona por este livro. As personagens são-nos muito bem apresentadas, e facilmente gostamos delas. Ao longo do livro faz-nos sentir um mar de emoções diferentes: faz-nos rir com a irrevencia propria da adolescencia, faz-nos sorrir com a maturidade dos personagens e faz-nos chorar com as dificuldades que eles passam e com a sua historia de vida.

Com mestria e imaginação, faz-nos entrar no mundo dos doentes terminais, e fazer-nos olhar para eles como uma 1ª pessoa. Faz-nos sentir a sua força, as suas fraquezas e aquilo que sentem em relação aos outros e aos que os outros sentem deles.

É, acima de tudo, uma historia de força e de motivação, de viver apaixonadamente a vida, como se não houvesse amanhã (que para doentes terminais pode não haver). Porque o amor surge, mesmo quando não há esperança de mais nada. Uma historia sobre o que é "estar-se vivo e apaixonado".

Este é um livro que toda a gente deve ler. É uma genialidade..digo mais...é uma obra grandiosa que me faz sentir alguém minusculo. Um dos melhores livros de 2012 e, sem dúvida, um dos livros da minha vida.

Deixo-vos com alguns excertos que me deliciaram. Aconselho vivamente, leiam e percebam aquilo que eu quero dizer nestas palavras, porque tudo o que eu disse não chega..tem que ser sentido.

"Eles podiam estar contentes por me ter por perto, mas eu era o alfa e o ómega do sofrimento dos meus pais."

"...sei que o amor é apenas um grito no vazio e que o esquecimento é inevitável e que estamos todos condenados e que chegará o dia em que todo o nosso esforço será devolvido ao pó, e eu sei que o Sol irá engolir a única Terra que alguma vez teremos..."

" Contra o que é que estou em guerra? Contra o meu Cancro. E o que é o meu cancro? O meu cancro sou eu. Os tumores são feitos de mim. São tão feitos de mim como o meu cérebro e o meu coração são feitos de mim. É uma guerra civil, Hazel Grace,com um vencedor anunciado."

"É dificil como o raio agarrarmo-nos á nossa dignidade quando o sol que se ergue é demasiado brilhante para os nossos olhos perdedores."

"...estou grata pela nossa pequena infinidade. Não a trocaria por nada deste mundo. No meio dos dias numerados, tu deste-me um para sempre..."

"Os verdadeiros heróis não são as pessoas que fazem coisas; os verdadeiros heróis são as pessoas que reparam nas coisas..."

"Não podemos escolher se somos ou não magoados neste mundo, velhote, mas temos algo a dizer sobre quem nos magoa."

1 comentário:

  1. Quero este livro pode não ser já, mas vou ter,
    Sei também que vou chorar perdidamente, se já fiquei com a lágrima no olho ao ler está opinião.
    Obrigada Ni pelo conselho, não fazes ideia de que maneira um livro destes é especial para mim :')
    bjinhos*

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