quarta-feira, 11 de julho de 2012

[Opiniões Tertulianas] - "A Delicadeza" de David Foenkinos




"As vezes são dos pormenores que nascem os grandes livros e penso que neste caso isto se aplica. Esta é uma leitura comovente e que levará o leitor a pensar que não se deve julgar um livro pela capa, assim como não se deve julgar uma pessoa pelo seu exterior. Muitas vezes a beleza das coisas encontra-se no seu interior e não é de beleza e paixão de que se necessita mas sim de delicadeza que enterneça o nosso coração." (Sandra, Mil Estrelas no Colo)






Comprei este livro numa das promoções da Presença e resolvi ler agora porque quero ir ver o filme e não gosto ver sem primeiro ler o livro.
E foi uma agradável surpresa com momentos descontraídos, divertidos e hilariantes, apesar do drama que se abate sobre a personagem principal.

Conhecemos o casal Nathalie e François, que são felizes no casamento, até um certo domingo em que François resolve ir correr como sempre o faz, só que é atropelado e morre.
Acaba-se tudo para Nathalie, afunda-se num estado de total ausência para o mundo que a rodeia. Procura na solidão o conforto que precisa.
Certo dia resolve voltar a trabalhar, o seu mundo dá uma reviravolta, pois de repente durante a hora de expediente, sem mais nem menos resolve beijar um colega de trabalho, o Markus, mas este não é um homem qualquer é diferente de todos os que ela conhece.
É um sueco, que não é bonito, é inseguro, seria o último homem que alguém escolheria. Mas é precisamente na sua personalidade que está o segredo, consegue captar atenção de Nathalie, com o seu sentido de humor muito próprio só dele, faz nos ponderar naquilo que no fundo todos nós sabemos, mas por vezes não valorizamos, que não é aparência que interessa mas o interior da pessoa, os gestos são mais importantes e são esses que nos conquistam.

Vamos então assistir ao desenrolar de uma história de amor muito doce, com humor, que nos dá esperança de que é possível sermos felizes apesar das vicissitudes da vida.

Este livro apesar da história ter um inicio dramático, consegue com simplicidade fazer-nos pensar, desperta emoções, sentimentos de perda, mas também de alegria. É envolvente, com uma escrita fluida que se lê num ápice, com os seus capítulos pequenos, simples mas cheios de detalhes e mensagens que nos enchem  e que captam a nossa atenção.

Aconselho nesta altura do ano a ler na praia, na piscina ou no campo, pois lê-se muito bem, li em dois dias. Recomendo sem dúvida alguma.

Pensamento de um filósofo polaco (pág. 94)
"Há pessoas formidáveis
que conhecemos no momento errado.
E há pessoas que são formidáveis
porque as conhecemos no momento certo"

Odete Silva

Sem comentários:

Enviar um comentário