sábado, 7 de julho de 2012

[Opinião] - "Nunca Digas Adeus" de Lesley Pearse


"Sabia agora que a avó sofria da doença de Alzheimer. Mas, nos anos sessenta, se a doença tinha sequer um nome, ninguém o usava ou compreendia (...). As pessoas que sofriam daquele mal eram despachadas para um hospicio ou escondidas pela familia, por causa do estigma que implicava.
Muito nova (...) Susan só sentia nojo e irritação pela velha (...)".


"A minha mãe costumava dizer: «Mais vale contar tudo do que deixá-lo a infectar cá dentro» (...).
A minha mãe costumava dizer: «Quanto menos se disser, mais depressa se cura» (...) Para mim, faz muito mais sentido."




Para quem não sabe, eu sou completamente "apaixonada" pelos livros desta autora. Sempre que sai um, vou logo a correr comprá-lo, e leio-o logo.
Bem,  a parte do lê-lo logo assim que o tenho nas mãos, foi realmente o que aconteceu. E li-o em cerca de 3 dias.

A escrita da autora continua a cativar-me. É uma escrita simples, fácil de ler, com descrições q.b, que faz com que eu não me perca com palavras que não conheço ou com descrições nas quais me perco. As suas palavras fazem-me entrar tão intensamente no livro que parece que estou dentro do enredo, a sentir os cheiros e a ver os locais.

Este livro tem uma diferença de todos os outros desta autora: passasse muito mais perto da actualidade, ou seja, não tem a componente histórica que me cativou em todos os outros livros.

Este passa-se em 1995, e conta-nos a história de duas amigas, Susan e Beth, que passado muitos anos, se voltam a encontrar numa situação pouco agradável. Assim, lemos durante a narrativa os sentimentos, as emoçoes e os pensamentos que cada uma tinha, tem e vai ter sobre a outra, o que mudou ao longo de todos os anos em que não se viram. E é assim que vamos sabendo a vida das personagens e como elas se tornaram aquilo que são "hoje".

Outra diferença neste livro é, precisamente, o facto de se centrar numa relação de amizade entre duas mulheres, ao contrario dos outros livros onde predominam as relações amorosas.
A historia fez-me lembrar o genero de livro de outra autora que eu gosto, Jodi Picoult. Talvez por envolver tribunais, e crimes e sentimentos advogada-réu, o que também é novidade na Lesley Pearse.

Pode haver algum suspense, ao longo do enredo, com algumas situações que nos tentam fazer duvidar de várias pessoas, no entanto cheguei sempre ao "climax" da coisa antecipadamente, descobri sempre o que aconteceu antes de ler, o que acabou por não me surpreender.

Gostei, no entanto, do final que a autora deu a Beth, uma personagem que cresce bastante ao longo da narrativa o que me agradou.

Concluindo, gostei do livro, é uma das minhas autoras preferidas, mas não acho que seja um dos melhores livros dela, tento-me a dizer que até agora talvez tenha sido o que gostei menos, por uma razão: não me encantou como os outros, não me deslumbrou como os outros livros.

2 comentários:

  1. Também adoro esta autora, mas infelizmente ainda não tenho os últimos dois livros lançados em Portugal. Este Verão não me escapam! Tem uma escrita tão cativante que somos completamente engolidos pela história e parece que somo nós a vivê-la ou que estamos mesmo ao lado do personagem. Aconselho a todos como leitura de Verão! Deixo a sugestão da autora Jodi Picoult, cuja escrita é impecável e as histórias deixam-nos sempre a pensar e com vontade de os voltar a ver! Gostei imenso do post! Deu-me ainda mais vontade de ler este livro!! =) Beijinho*

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  2. Só li um livro dela mas gostei tanto.. são lindissimos!

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