quinta-feira, 24 de maio de 2012

[Opinião] - "Carta ao pai" de Franz Kafka





"Também eu decerto te ofendi muitas vezes  com palavras, mas tinha sempre consciência disso, magoava-me, mas não conseguia controlar-me e conter as palavras; ainda não acaba de falar e já estava arrependido"





Este foi um livro que comprei por varias razões: porque é um livro pequenino, porque estava barato na hora H, porque uma amiga minha já o tinha lido e porque é uma carta do autor ao seu pai.

Lesse num instante por ser pequeno, no entanto não achei uma leitura simples. Ao ser uma carta durante todo o livro, e não sendo eu uma amante de cartas e diários, tornou-se algo maçuda e maçadora.

Nela, o autor, diz ao pai tudo aquilo que, possivelmente, nunca lhe disse directamente, sobre todas as provações que o próprio progenitor o fez passar ao longo da vida, mas de todo o seu amor e de como o compreendeu sempre, mesmo quando as suas atitutdes o magoavam ou humilhavam.

Sendo uma carta ao pai faz com que, em algumas passagens, nos faça pensar nos nossos pais e nas discussões que por vezes temos com eles. Há um género de empatia no papel de filho, ao ler a visão de um filho sobre as acções e sentimentos do seu pai.

Um livro que, provavelmente não voltarei a ler, mas fico contente por ter passado os olhos uma vez e ter conhecimento de um pouco da infância deste autor.

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