domingo, 1 de abril de 2012

[À Lareira Com] - Vitor Frazão, autor de "A Vingança do Lobo"

Bom Dia. Bom Domingo. Como está a ser esse fim de semana?
Hoje é dia de conversas À Lareira Com...desta vez, o convidado é, Vitor Frazão, autor do livro "A Vingança do Lobo", conhecem? Dêem uma espreitadela:)


À Lareira com...Vítor Frazão, autor do livro "A Vingança do Lobo"


Fale-nos um pouco sobre si:
Um tema com pouco interesse. Basta dizer que escrevo dentro do género da dark fantasy e que espero um dia poder dedicar-me em exclusivo a aperfeiçoar a arte da escrita.

Como surgiu a ideia de escrever “A Vingança do Lobo”?
Pergunta sobre a qual já escrevi extensamente no meu blog, mas que aqui irei resumir para não me tornar maçador. “A Vingança do Lobo” veio de uma paixão de longa data por criaturas mitológicas e pelo gosto de inventar cenários, origem que partilha com todas as outras narrativas de “Crónicas Obscuras”.

Para além do seu livro, escreve no seu blogue “Crónicas obscuras”. O que a escrita significa para si?
Além de um meio para um fim, ou seja, a plataforma através da qual transmito as histórias que crio, a escrita é para mim um fim em si mesmo, um modo de alienação, de descontrair e de me testar.  

A sua formação em arqueologia influencia em alguma coisa a sua escrita?
Principalmente ajudou-me a estruturar e aprofundar a pesquisa sobre determinados temas, assim como, claro fornecer realismo às personagens que pertencem ao meio académico. 

Em que se inspira quando escreve?
Tudo, livros, séries, filmes, músicas, sonhos, experiências pessoais e relatos de terceiros. Depende, por vezes essa inspiração toma formas tão simples como colocar determinado nome a uma criatura, noutras pode ser mais profundo como utilizar um amigo como esqueleto para uma personagem.

Tem algum projecto a nível da escrita, de momento? Se sim, pode revelar-nos algo sobre ele?
Continuarei a trabalhar dentro do mesmo género, uma vez que ainda tenho, literalmente, dezenas de histórias para contar no universo de “Crónicas Obscuras”, algumas relacionadas com “A Vingança do Lobo”, outras nem por isso. Já terminei os três livros seguintes, assim como alguns contos e agora estou a trabalhar num projecto cujo resultado final ainda está muito em aberto. Sobre ele apenas direi que ocorre maioritariamente em território nacional.   

Gosta de ler?
É uma das minhas paixões.

Tem algum género literário preferido?
Fantasia, sem sombra de dúvida, com todos os seus sub-géneros.

Diga-nos um livro que considere um dos livros “da sua vida”.
“O Estrangeiro” por Albert Camus. Não é o meu preferido, nem aquele que tenho à mesa-de-cabeceira, porém, é definitivamente o livro da minha vida, uma obra que considero obrigatória para todos aquele que ambicionem ser escritores, qualquer que seja o género em que escrevam.  

O que considera mais gratificante na escrita e em ver o seu trabalho editado e nas livrarias?
Vamos por partes. Apesar de gostar de certos desafios durante o próprio processo de escrita, a parte que considero mais gratificante é quando posso olhar para trás e ver a obra feita, esquecendo o sofrimento do percurso. No que diz respeito a ver o meu trabalho editado e nas livrarias pouca gratificação me dá. Talvez no início sentisse um pontinha de orgulho, mas hoje em dia interessa-me muito mais a interacção com os fãs do que o simples facto de ter o livro numa estante.  

Deixe uma mensagem aos nossos leitores, amantes de livros.
Avaliem cada livro por ele mesmo e não pelo género literário em que se insere. Há por aí muita gente com ideias preconcebidas devido a más experiências ou, pior a ainda, apenas com base na opinião dos outros.

Obrigada Vítor Frazão

1 comentário:

  1. Gostei muito desta entrevista, especialmente a mensagem do autor no final da mesma!
    Teresa Carvalho

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