quarta-feira, 28 de março de 2012

[Opiniões Tertulianas] - " O Rapaz do Pijama às riscas" de John Boyne


«Uma pequena maravilha de livro… Um momento histórico único que não pode ser contado muitas vezes.»
Guardian

«Uma extraordinária história sobre a amizade e os horrores da guerra… Isto é talento literário inato no seu melhor.»
Irish Independent



Quero, sem duvida, ler este pequeno grande livro. E sei que está na minha lista de prioridades.(Ni)





Obviamente que quando peguei neste livro já sabia o que me esperava....
Mas não contava ficar assim. Pensava que as lágrimas correriam e trariam o alívio, mas não...

Este pequeno livro tem uma dimensão nada coincidente com o número de páginas.
Conta-nos a história de Bruno, que junto com a restante família se vê de repente ás portas de Auschwitz. Não, não é o que pensam! Bruno não é judeu, ele é filho do comandante do campo de concentração de Auschwitz.
Mas Bruno não sabe o que é Aschwitz, na realidade Bruno nem sabe pronunciar o nome correctamente, assim como também não sabe pronunciar correctamente o nome daquele que foi responsável pela mudança imposta à sua família que da confortável casa em Berlim se vê de repente numa casa no meio do nada e como paisagem apenas uma vedação que os separa de barracões e de estranhas pessoas que usam todas pijamas às riscas!
Até que um dia, nas suas deambulações ao longo da vedação Bruno conhece Shmuel, o
rapaz do pijama às riscas.
E assim, se desenvolve uma amizade improvável entre as duas crianças, com uma vedação a separá-los que os impede de brincar juntos, mas vedação alguma pôde impedir a relação que se estabeleceu entre os dois.
Então, com a inocência própria dos seus nove anos, estas duas crianças convivem durante um ano sem atingirem a dimensão dos acontecimentos à sua volta.
E o impensável acontece, num final arrasador. E então o leitor desta história fica assim
com uma emoção sem limites contida num nó na garganta....

Nos primeiros capítulos, cheguei a pensar “Mas este livro afinal é tão básico!”
Mas que pensamento tão absurdo! Este livro diz mais nas entrelinhas do que no que está escrito! Porque quem conhece a história do Holocausto, percebe tudo o que não está lá escrito porque simplesmente não é necessário... Nas suas (relativamente) poucas páginas, consegue-se “ver” a arrepiante história dos judeus de Aschwitz.

Este livro, pequeno no número de páginas mas enorme no sentimento, emoção e memória que contém, é um inqualificável, não consigo arranjar um adjectivo que lhe faça justiça.

Vou ficar aqui quieta à espera que o nó na garganta se desfaça....

Teresa Carvalho 

1 comentário:

  1. Eu vi o filme e adorei. Uma mensagem muito forte, sem dúvida. Tenho curiosidade em ler o livro. Deve ser ainda mais intenso.

    Boas leituras!

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