domingo, 11 de março de 2012

[À Lareira Com] - Ana Cristina Silva

Mais um domingo, e mais um "À Lareira com". Hoje a convidada é Ana Cristina Silva, autora de livros como "Mariana, Todas as cartas", "A Dama Negra da Ilha dos Escravos" e "Crónica do Rei-Poeta Al-Mu´Tamid". Vamos conhecê-la um bocadinho melhor?

À Lareira com...Ana Cristina Silva

"Ana Cristina Silva é docente universitária, leccionando cadeiras de Psicologia da Comunicação e da Linguagem e de Seminário de Estágio no Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Doutorada em Psicologia da Educação, especializou-se na área da aprendizagem da leitura e da escrita, desenvolvendo investigação neste domínio com obra científica publicada em Portugal e no estrangeiro."

Fale-nos um pouco sobre si.

Eu sou uma pessoa absolutamente vulgar,  o facto de escrever livros não me faz em nada diferente de toda a gente.


Já escreveu vários livros. Onde vai buscar inspiração para escrever?

A inspiração começa com uma ideia ou com uma personagem que começa a falar comigo, depois o resto é trabalho.

Algum dos livros que publicou tem um significado mais especial para si?

Talvez As fogueiras da Inquisição e este último As cartas vermelhas, por serem livros mais complexos do ponto de vista narrativo

Há 10 anos publicou o seu primeiro romance. O que a fez escrever “ Mariana, Todas as cartas”?

Um desgosto de amor com um estrangeiro, uma situação semelhante à da Mariana e o desafio de ver se era capaz

A sua formação em Psicologia influencia, de alguma maneira a sua escrita?

Acho que sim porque o que me interessa são sempre os conflitos psicológicos, eu escrevo sempre do ponto de vista interno de uma personagem.

Qual é, para a Ana, a parte mais difícil de escrever e publicar um livro, em Portugal?

O tempo que duram os livros nas livrarias, hoje um livro tem direito a três meses de vida nas estantes das livrarias, o que é muito menos tempo do que se demora a escrever. Depois há muito pouco acesso a  espaços de critica.

O que considera mais gratificante na escrita?

 O processo de escrita em si

Olhando para a sua carreira na escrita, o que sente?

Sinto-me abençoada e amaldiçoada. Abençoada porque é um modo de vida intrinsecamente interessante coabitar com as personagens. Amaldiçoada porque é como se tivesse um segundo emprego e não consigo parar, sendo que não se pode dizer que tenha muitos leitores


Gosta de ler?

Muito 

Tem algum género literário preferido?

Não, gosto de boa literatura 

Há algum livro que tenha lido, que possa dizer que tenha em conta como o melhor livro que leu?

Não, foram muitos, mas dos portugueses gosto especialmente do Memorial do Convento

O que pode dizer aos nossos leitores, como que um lema de vida?

Vive e deixa viver

Obrigada Ana Cristina Silva

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