Bem, hoje trago-vos uma opinião.
Sim sim, sou viva e voltei a ler. Ao fim de 3 anos (eu acho, ja perdi a conta) sem me conseguir concentrar num único livro consegui voltar a ler algo. Demorei 3 semanas é verdade, mas o importante é regressar a algo que tanto prazer me dá.
Claro que tinha que ser um livro de uma das minhas autoras preferidas a tirar-me deste bloqueio: Lesley Pearse.
Já tinha começado esta leitura o ano passado, mas como era habitual, não me conseguia concentrar e pu-lo de parte, Desta vez foi diferente. Talvez esteja mais disponível para me focar na leitura, ou apenas com a mente mais desimpedida, a verdade é que me soube muito bem.....e já tinha saudades disto *.*
Passando ao que interessa, a leitura.
Como sempre nos habituou, Lesley Pearse leva-nos para lugares idílicos, para onde é fácil viajar sem sair do sofá. Desta vez transporta-nos para Inglaterra do Século XIX e dá-nos a conhecer a família Renton. Uma família humilde, cheia de filhos,e que por descuido de alguém que é importante para um dos membros da familia se veem a braços com mais um bebe, que criam como seu.
Apesar de seguirmos esta família durante todo o livro, este centra-se especialmente em Hope, a criança-fada que os Renton acolheram e cuidaram como sua, fruto de um amor proibido.
Se são fãs da autora sabem que o foco são sempre as mulheres trabalhadoras, fortes, guerreiras e acima de tudo, sofridas. Este livro não é excepção. Vamos conhecendo as fortes mulheres Renton, e todos os infortunios que as decisoes que foram sendo tomadas trazem ano após ano.
A realidade é que gosto muito da forma como a autora nos bombardeia com situações terriveis, nas quais pensamos que fracassariamos, mas nos enche de esperança com toda a força e coragem que coloca nas suas personagens.
Outro dos meus pontos favoritos é sempre o contexto histórico que a autora dá ao seu texto. Neste caso a guerra nos Balcãs e na Crimeia e a importância que mulheres como Florence Nightingale, e muitas outras enfermeiras, tiveram naquela altura, em que o mundo era dos homens.
Uma estória revoltante e avassaladora, mas ao mesmo tempo reconfortante e apaixonante, que nos faz sentir as dores e os amores dos personagens, e nos faz adorá-los como sendo nossos conhecidos, ou odiá-los como se fossem o nosso pior inimigo. E o que é uma leitura se não for algo que nos traz as emoções à flor da pele?
Aconselho vivamente a leitura. E claro, tenho mais uns "livrinhos nos saquinhos" para pegar. Fãs da autora por aqui?
A vossa: Ni*